A respiração normal se dá com passagem de ar pelo nariz. Quando há uma obstrução da “via normal”, o organismo passa a usar outra via. No caso, a via oral, chamada de respiração bucal de suplência.
As crianças, proporcionalmente, têm fossas nasais mais estreitas que os adultos. Contudo, isoladamente, isto não levaria a respiração bucal. O que ocorre na maioria das vezes é que há uma somatória desta obstrução, com a presença de hipertrofia de adenoide (popularmente conhecida como carne-esponjosa). A hipertrofia de adenoide causa uma obstrução tamanha que o organismo precisa “abrir a boca”, para que seja possível ocorrer a entrada de ar. Muito comumente, coexiste um quadro de rinite alérgica, que promove uma inflamação da mucosa nasal (revestimento interno do nariz), levando ao seu inchaço e, assim, prejudicando ainda mais a passagem do ar. Nestes casos, é fundamental a realização de um exame otorrinolaringológico para diagnosticar o problema. Com o tratamento correto, na maioria das vezes é possível melhorar, e muito, a respiração da criança.
A gripe é uma doença viral, que acomete todo o trato respiratório. No nariz, leva a um edema mucoso e inflamação das glândulas mucosas, produzindo a coriza e a obstrução nasal. Contudo, este quadro dura aproximadamente de 5 a 7 dias. Quando o paciente apresenta esses sintomas de maneira “quase” constante, tudo indica que ele apresente um quadro de rinite alérgica. A rinite alérgica é uma doença inflamatória do revestimento interno do nariz (mucosa nasal), causada pelo contato com substâncias não toleradas pelo paciente (ex: pólen de flores, perfumes fortes, poeira, ácaros, etc.). Quando ocorre o contato, uma série de substâncias é liberada pelo organismo, levando à inflamação da mucosa, que, de maneira bem simplificada, irá levar aos mesmos sintomas da gripe: coriza nasal aquosa, obstrução nasal e, em quase todos os casos, muita coceira no nariz (prurido nasal), além dos espirros.
Como visto anteriormente, a rinite alérgica provém de uma irritação da mucosa pelo contato com substâncias indesejáveis. Sendo assim, o organismo produz um fluxo de ar de alta velocidade, afim de “varrer” e expulsar todos essas partículas irritantes. É comum que os pacientes com rinite alérgica se queixem de crises de espirros (4, 5 ou mais espirros em sequência), principalmente pela manhã.
De fato, até hoje não se descobriu uma cura definitiva para a rinite alérgica. Contudo, as medicações disponíveis no mercado e os procedimentos cirúrgicos podem ajudar, e muito, os pacientes que sofrem com os sintomas da rinite alérgica. Para aqueles pacientes nos quais os principais sintomas são a coriza nasal e a coceira no nariz, o uso de antialérgicos orais (principalmente nas crises), associado ao uso dos spray’s nasais a base de cortisona, costumam ser capazes de melhorar significativamente os sintomas. Caso a queixa do paciente seja a obstrução nasal e haja um aumento significativo dos cornetos nasais em conjunto com a rinite alérgica, a cirurgia dos cornetos ou turbinoplastia costuma ter excelentes resultados.
Por sinusite entende-se a inflamação infecciosa (ou não) dos seios da face. Caso a sinusite tenha sido causada por bactérias, o uso de antibióticos consegue, na maioria das vezes, eliminar o processo infeccioso e “curar” o paciente. No entanto, o que ocorre na maioria das vezes é que alterações extraseios da face (desvios de septo, por exemplo) causam problemas na drenagem das secreções produzidas nos seios. Essas secreções represadas se infectam com muita facilidade, tornando os episódios de sinusite muito recorrentes. Então, quando o paciente tem uma infecção, faz uso de antibióticos, fica curado e, pouco tempo depois, tem outra sinusite. Não adianta ficar tratando o paciente seguidamente com antibióticos sem saber o que vem causando a recorrência dos quadros. Em grande parte das vezes, a cirurgia dos seios da face, ou simplesmente a cirurgia do septo, é capaz de solucionar este problema.
Os seios maxilares estão localizados numa região logo abaixo dos olhos e logo acima da arcada dentária superior. Sendo assim, não é raro que pacientes com sinusites maxilares se queixem de dor ou sensibilidade aumentada nos dentes superiores. É fundamental a realização de uma tomografia computadorizada para diagnosticar corretamente o problema em questão.
A dor proveniente dos processos infecciosos dos seios da face costuma se manifestar com uma dor do tipo “pressão” ou “aperto” em cima do seio acometido. Apesar da dor “pulsátil” ter uma relação muito íntima com os quadros de enxaqueca/migrânea, não se pode descartar o diagnóstico de sinusite. É necessário realizar um exame otorrinolaringológico para afastar completamente a possibilidade de sinusite.
As três principais causas são:
Desvio septal: o septo nasal consiste em ossos e uma cartilagem dividindo as fossas nasais e tem a função de otimizar a respiração. Em algumas pessoas o septo pode estar desviado, causando dificuldade para realizar respiração nasal.
Hipertrofia de conchas nasais – as conchas nasais tem a principal função de aquecer, umidificar e filtrar o ar, porém em algumas pessoas ela se torna grande demais obstruindo a passagem de ar no nariz.
Pólipos nasais – os pólipos nasais ou polipose nasal é uma alteração da mucosa do nariz e está comumente associado a pessoas com alergias, rinite e asma, criando um edema ou inchaço em toda a fossa nasal e seios da face, gerando sinusites recorrentes, dores de cabeça, diminuição do olfato, coriza (escorrimento nasal), dentre outros sintomas.
A melhor forma de entender o seu problema é conversando com um especialista.