Laringologia

Para diagnosticar, tratar e acompanhar pacientes com doenças na laringe, possuímos uma infraestrutura completa e moderna, através dos exames de videolaringoscopia e videolaringoestroboscopia, interligados com um sistema de vídeo com gravador de DVD, que permite a sua visualização.

 

Além disso, oferece o serviço de eletromiografia, tomografia computadorizada, videofluoroscopia da deglutição.

Realizamos técnicas de fonomicrocirurgia como opção de tratamento para alguns casos mais específicos.

 

A Voz

A voz é uma característica humana relacionada à necessidade de comunicação e convivência.

O sentido da fala pode ser definido como o som produzido com a passagem do ar pelas pregas vocais.

Cada pessoa tem um tom de voz diferente graças às diferenças individuais nas cavidades de ressonância e estruturas articulatórias.

 

O som passa para a boca e para o nariz, onde ressoa e adquire as características da voz (vogais e consoantes).

A pressão do ar expirado pelos pulmões promove a modulação da intensidade e da frequência do som da voz.

 

Pregas vocais (cordas vocais)

As cordas ou pregas vocais ficam localizadas na laringe (região do pomo de Adão) e são formadas por um par de músculos, chamados tireo-artenoideos. Estes são recobertos por uma camada de mucosa, capaz de vibrar e produzir o som. Além das pregas vocais, há o complexo arranjo de músculos controlados pelos nervos laríngeos recorrentes e nervos superiores.

 

As pregas vocais vibram muito rapidamente. Nos homens, esse número de ciclos vibratórios fica em torno de 125 vezes em 1 segundo. Na mulher, que tem voz geralmente mais aguda, o número aumenta para 250 vezes por segundo. A essa característica damos o nome de frequência. Vale recordar que as pregas vocais do homem têm mais massa e são menos esticadas que as da mulher.

 

Disfonia (rouquidão)

A disfonia é a definição de uma voz doente, que apresenta suas características naturais alteradas.

 

Sua origem pode ser orgânica, funcional ou orgânico-funcional.

 

A rouquidão não é uma doença, mas um sintoma de mau funcionamento dos sistemas e estruturas que atuam na produção da voz.

 

Diversos fatores podem ser os causadores ou estar relacionados com a disfonia: lesões nas pregas vocais, doenças sistêmicas, alterações psicológicas e psiquiátricas, reações adversas a medicamentos, além de lesões hormonais, neurológicas e gastroesofágicas.

 

Outra causa da disfonia é a infecção de laringe (laringite), má formação e tumores benignos ou malignos.

 

As lesões benignas das pregas vocais podem ser fonotraumáticas, resultado de abuso das cordas vocais, irritações e predisposições. Apresentam espessamento, nódulos, pólipos e edemas localizados ou difusos (edemas de reinke)

As alterações estruturais mínimas de cobertura representam outro conjunto de lesões, formado por sulcos, cistos epidermoides, pontes mucosas, microdiafragmas e vasculodisgenesias. Essas alterações podem ser de difícil definição e diagnóstico, mesmo com equipamentos endoscópicos modernos, pois sua precisão só existe durante a exploração cirúrgica.

 

Diante da variedade de fatores que podem provocar a disfonia, é sempre indicado que o paciente procure o otorrinolaringologista para a avaliação profissional adequada.

 

Episódios de disfonia com duração maior que duas semanas devem ser investigados, bem como dores de garganta, dificuldade para engolir, tosse, engasgos, sufocação, estridor (barulho ao respirar), falta de ar, entre outros.

 

Laringoscopia e laringoestroboscopia

O principal exame para a avaliação da laringe, hipofaringe e especialmente das pregas vocais é a laringoscopia. geralmente, este exame é fácil, indolor e realizado no consultório, sem necessidade de sedação, apenas com anestesia em forma de spray na garganta.

 

A laringoestroboscopia é realizada do mesmo modo, porém utiliza-se uma luz especial, em pulsos, que permite a avaliação mais detalhada do movimento das pregas vocais. Ainda pode ser utilizado um sistema de vídeo com gravador de DVD, que permite visualização e gravação dos exames (videolaringoscopia e videolaringoestroboscopia).

 

Algumas vezes são necessários outros exames complementares para diagnósticos, como: eletromiografias, tomografias computadorizadas, videofluoroscopia da deglutição, entre outros.

 

Orientações para preservar sua voz

  • Seguir as avaliações e cuidados clínicos regulares;
  • Identificar e respeitar predisposições, sensibilidades, alergias e limites individuais;
  • Alternar atividade e repouso de forma adequada;
  • Priorizar o sono regular e satisfatório;
  • Alimentação regular, evitando jejum prolongado ou abusos alimentares, principalmente antes de dormir;
  • Evitar excesso de tensão, estresse e estado crônico de ansiedade;
  • Evitar o abuso de bebidas alcoólicas, tranquilizantes e estimulantes;
  • Prevenir e tratar o refluxo, evitando alimentos ácidos, gordurosos, que causem azia ou má digestão;
  • Não forçar a voz, evitando gritar ou cochichar;
  • Articular bem as palavras e manter o volume normal da voz;
  • Não fumar e não utilizar drogas como maconha e cocaína;
  • Manter atividades físicas aeróbicas regulares e evitar obesidade;
  • Ingerir líquidos, mantendo a garganta hidratada;
  • Evitar o uso profissional da voz em condições de esforço muscular ou respiratório;
  • Realizar técnicas de aquecimento e desaquecimento da voz;
  • Participar de programas de esclarecimento das funções e disfunções vocais.

Está em dúvidas?

A melhor forma de entender o seu problema é conversando com um especialista.

× Clique Aqui para Agendamentos!