É a face inferior do crânio, uma estrutura óssea delicada, onde repousam órgãos importantes, como o cérebro e a glândula hipófise. Também permite a passagem dos nervos (pares cranianos através dos seus respectivos forames), artérias e veias. A base do crânio forma o teto do nariz e possui relação importante com o ouvido e a órbita.
São muitas as doenças que podem acometer esta região. Podem ser lesões expansivas, como tumores originados em áreas próximas: nariz, ouvido, nervos cranianos e órbita. Também pode haver doenças infecciosas, como abscessos ou sinusites complicadas. As lesões traumáticas com fratura da base do crânio podem desenvolver fístula liquórica como consequência. Doenças congênitas também são frequentes, como meningoceles e meningoencefaloceles ou vasculares, como hemangiomas.
De várias formas, conforme o tipo da doença, variando entre dores de cabeça, obstruções nasais, diminuição do olfato, alterações visuais, neurológicas ou endocrinológicas.
O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico. Nos casos de tumores, existe a possibilidade de radioterapia e quimioterapia também.
A via cirúrgica e o tipo da cirurgia variam conforme a localização e o tamanho da doença. Pode ser feita por via externa, com a necessidade de craniotomia nos acessos neurocirúrgicos, por incisões na face ou sublabiais. Pode também ser por via endonasal, com videoendoscopia, utilizando as relações da cavidade nasal com a base do crânio.
Por utilizar uma cavidade natural, geralmente não há alteração estética, cicatrizes ou deformidades faciais. O pós-operatório e a recuperação são menos traumáticos e menos dolorosos, permitindo ao paciente o retorno às suas atividades cotidianas mais rapidamente.
Assim como todas as vias cirúrgicas, esta possui suas indicações e limitações. No entanto, quando indicada, representa uma excelente opção nas mãos de um cirurgião experiente.
A melhor forma de entender o seu problema é conversando com um especialista.