Quando estão indicados os exames endoscópios em otorrinolaringologia

Dr. Rodrigo Bleike

Dr. Rodrigo Bleike

Otorrinolaringologista, CREMERS 31.455 RQE 25636

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Os exames de vídeo-endoscopia nasossinusal e vídeo-faringolaringoscopia têm uma ampla aplicação constituindo os principais consensos na especialidade de Otorrinolaringologia. Estão indicados no diagnóstico, documentação e tratamento das queixas relacionadas às doenças que envolvem as vias aéreas superiores: fossas nasais, rinofaringe, cavidade oral, orofaringe, hipofaringe, laringe e até a porção proximal da traquéia.

Destacam-se entre as indicações as rinites, rinossinusites, diagnóstico diferencial de cefaléias, deformidades septais, abscessos, hematomas, alterações crâniofaciais, ulcerações ou perfurações septais, hipertrofias de conchas nasais, hiposmia, anosmia, cacosmia, epistaxes, diagnóstico diferencial da respiração bucal, traumas, acompanhamento pós-operatório, ozenas, diagnóstico diferencial de gripes e resfriados, pólipos, sinéquias, tumores nasossinusais, corpos estranhos, hipertrofia das tonsilas faríngeas (adenóides), disfunção tubária, otites, otalgias, tumores da rinofaringe, alterações do desenvolvimento da arcada dentária, complicações otorrinolaringológicas de origem odontológica, ronco e suspeita de apnéia obstrutiva do sono, hipertrofia das tonsilas palatinas, faringites, amigdalites, doenças estomatológicas, halitose, amigdalite caseosa, leucoplasias, tumores da orofaringe, insuficiência velofaríngea, hipertrofia de tonsilas linguais, refluxo faringolaríngeo, globo faríngeo, disfagias, tosse, pigarro, dispnéia, estridor laríngeo, tumores da hipofaringe, disfonias, fonoastenias, fonalgias, afonias, paralisias das pregas vocais, lesões fonotraumáticas, alterações estruturais mínimas de cobertura das pregas vocais, papilomatoses laríngea, neoplasias de laringe e lesões pré-malignas, diagnóstico complementar de neoplasias de cabeça e pescoço, complicações otorrinolaringológicas de doenças sistêmicas, entre outras.

Tem-se aplicado estes exames também no estudo da deglutição e do sono sob sedação em algumas situações específicas. Destacam-se aqui também os pacientes tabagistas e/ou etilistas que apresentam um alto risco de neoplasia de cabeça e pescoço. Também são indicados periodicamente nos profissionais da voz e no acompanhamento de certas afecções otorrinolaringológicas relacionadas ao ambiente de trabalho (p.ex.: inalação de produtos químicos potencialmente tóxicos).

Aplicam-se estes exames no tratamento das doenças otorrinolaringológicas porque em alguns casos são realizados em combinação com outros procedimentos endoscópicos, tais como drenagem de hematomas ou abscessos, ressecção de sinéquias, remoção de corpo estranho, cauterização, biópsias, entre outros.

Os exames são realizados em situações agudas ou crônicas, persistentes ou recorrentes e depende de fatores tais como: queixas do paciente, hipótese(s) diagnóstica(s) estabelecida(s) pelo médico assistente, sazonalidade, presença ou ausência de fatores de risco (p.ex.: tabagismo), disponibilidade do(s) exame(s), entre outros. De acordo com a indicação do médico assistente, em certas situações o(s) exame(s) pode(m) ser(em) realizado(s) em uma única oportunidade; em outras, como por exemplo no tratamento fonoterápico de certas lesões fonotraumáticas recomenda-se que este acompanhamento seja trimestral ou semestral; por outro lado, se o paciente for tabagista, é mais prudente que este acompanhamento seja mais frequente; enquanto que em outros casos, como por exemplo em acompanhamentos pós-operatórios, talvez se faça necessário a realização destes exames com uma frequência maior ainda por um determinado período de tempo.

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